"No dia da morte de Aurélio Horta nada se passou como ele tinha planeado. A data oficial do óbito precisou que Aurélio Horta perdeu a vida a 19 de Setembro de 1985, embora não tivesse sido possível devolver à família um corpo digno de ser visto e chorado pela última vez antes de ser enterrado em paz. A violência do incêndio que se seguiu ao desastre foi tal que as pessoas apanhadas na ratoeira do fogo, pura e simplesmente, desapareceram. Os seus corpos transformaram-se em cinzas, dissolvidos no metal derretido das carruagens do comboio internacional Porto - Hendaia."
in Não vou chorar o passado de Tiago Rebelo página 5
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