"Restava-me o amparo dos livros" - José Jorge Letria

quarta-feira, 13 de março de 2013

O Amor é Para os Parvos - Manuel Jorge Marmelo

Um livrinho pequenino para me distrair, enquanto esperava que a minha próxima leitura chegasse a casa. Já tinha este livro na estante há algum tempo. Mas nunca lhe tinha dado uma hipótese de me surpreender.
É o primeiro livro de um escritor português que leio este ano, mas aproveito para dizer que isto se deve ao preço absurdo que as editoras pedem pelos livros que mais me chamam à atenção. Refiro-me aos escritores como Isabel Stilwell e Domingos Amaral, tenho sempre vontade de trazer livros destes escritores para casa mas desisto sempre quando verifico o preço.
Mas retomando à opinião da obra, espera um pouquinho menos, embora o título seja sugestivo. Está escrito em forma de carta. O protagonista dirige-se à sua ex-namorada com as palavras que nunca teve coragem de lhe dizer. Palavras, que segundo ele não valem nada. Podemos ver que se sente perdido sem aquela a quem confiou os segredos de família, com quem partilhou os melhores momentos da sua vida. Demonstra um sentimento puro e profundo. Mas admite os erros cometidos.
Concluindo, gostei das Analepses e Prolepses, das repetições que davam ênfase aos momentos mais marcantes da vida do protagonista. Gostei da forma como expôs os sentimentos que me deixaram um pouco triste até. Acho que o livro peca pela falta de diálogo, o que o torna um pouco mais parado.

Sinopse:

Numa solitária viagem ao passado, conversando com o espectro de uma mulher que continua a habitar o seu quarto, um homem revisita as memórias de uma antiga paixão, tornada impossível pelas próprias contradições que o amor encerra e pelos estranhos labirintos que a loucura do narrador arquiteta. Um monólogo íntimo e perturbador, que fala das palavras que nunca foram ditas e dos laços que são precisos desfazer para que a morte deixe de causar temor.

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