"Restava-me o amparo dos livros" - José Jorge Letria

domingo, 15 de abril de 2012

Baunilha e Chocolate - Sveva Modignani

Com a falta de tempo, esta opinião vem um pouco atrasada.

Não é um livro fantástico, mas é uma leitura agradável. Embora não tenha concordado com o final nem com a moral da história: Quem ama tudo perdoa! Não penso assim, e este livro centra-se muito nas dificuldades de um casamento que têm de ser ultrapassadas a todo o custo. Todos os casais da trama têm as suas dificuldades, como qualquer casal real. E eu sendo uma sonhadora nata fiquei com a sensação que nenhum casal resulta sem ser traído, embora supere todos os obstáculos para não fugir da rotina ou por puro comodismo, e não por amor. Embora a escritora tenha tentado transmitir que o "amor tudo perdoa". Mas como não sou defensora desta máxima... acabei por não concordar com ela.
Mas não quer dizer que não tenha gostado, foi um livro mais leve que os últimos que li, mas mesmo assim deu-me espaço para pensar sobre os temas abordados. E eu gosto de livros que me deixam pensativa.

Sinopse: 

Um casamento em crise: como se a baunilha e o chocolate já não combinassem tão bem como outrora... O grande "clássico" de Sveva Casati Modignani.

O que se passa com Penelope e Andrea após dezoito anos de um casamento quase perfeito? A baunilha e o chocolate já não combinam? Impossível! Desde sempre, apesar do contraste de cores e sabores, fizeram uma mistura fantástica, como algumas uniões afetivas, que vão aguentando, aguentando, como que levadas por um vento milagroso. Mas o vento, às vezes, deixa de soprar...

Inesperadamente, Andrea revela-se protagonista de inúmeras escapadelas mal escondidas e o seu comportamento, por vezes, é tão infantil e egoísta que Penelope decide oferecer-lhe um presente: deixá-lo sozinho a lidar com os três filhos e com as inúmeras tarefas domésticas, que até agora pesavam única e exclusivamente sobre os seus ombros. Quanto a ela, refugia-se na casa da família em Cesenatico. A separação revela-se, para ambos, um desafio cansativo e, por vezes, angustiante, mas a verdade acabará por vir ao de cima: o amor que os uniu continua vivo...


3 comentários:

  1. Exactamente como eu, também fiquei a pensar no final. Seria capaz de perdoar como ela? E ele de a perdoar também? Acho que não há muitos homens assim sinceramente. =)
    Mas gostei muito do livro

    ResponderEliminar
  2. Neste momento não seria capaz de perdoar. Se tivesse no caso dela. São 18 anos de crises que revoltaram-me.

    ResponderEliminar
  3. Se te deixou a pensar é bom sinal. Estou curiosa pela tua opinião da "Condessa" :p bj

    ResponderEliminar