"Restava-me o amparo dos livros" - José Jorge Letria

terça-feira, 7 de agosto de 2012

As Rosas de Atacama - Luis Sepúlveda

Não sou muito adepta de contos, infelizmente, e na minha estante já tenho alguns livros de contos, dos quais ainda só tinha lido "A Mão esquerda de Cervantes" de José Jorge Letria. Gostei muito, mas o meu problema com os contos é que olho para os livros e eles não me dizem nada, não me chamam, não me inspiram... Parece que vou ler algo curto e sem história, que "com tantos livros na estante mais interessantes, porque é que tenho de ler contos? " Com este pensamento derrotista, acabei por levar uma "chapada sem mãos" do Letria e do Sulpúveda.


Este livro é interessante, apesar de achar que o escritor tem o odiozinho especial pela Europa, embora esteja a viver na Espanha, sendo natural do Chipre. Acho também que neste livro exprime sentimentos, opiniões/críticas e reflexões sobre temas ainda muito debatidos, como por exemplos: ambiente, pressões políticas, racismo e xenofobia, migração e desigualdade social. É um livro sobre marginais que na realidade acabam por ser os heróis, os diferentes, que ninguém entende. Marginais para a maioria e heróis para uma minoria.
É daqueles livros que merece um caderninho ao lado para apontar frases interessantes e bonitas.

Contos favoritos: 

O Pirata de Elba
As Rosas de Atacama
Feliz Natal

Aconselho.

Sinopse:

Assim nasceu o presente livro, As Rosas de Atacama, “Histórias marginais” (aliás o título da edição original espanhola), e também histórias de marginais, os relatos, quase sempre curtos, que compõem esta obra têm os ingredientes a que Luis Sepúlveda habituou os seus leitores desde O Velho Que Lia Romances de Amor: a defesa da vida e da dignidade humana, a luta pela justiça, o elogio dos valores ecológicos, o exotismo como afirmação de que os sonhos são os mesmos em todos os lugares da Terra.
Em Sepúlveda, a realidade supera sempre a ficção. Daí que este extraordinário contador de histórias continue a servir-se da sua condição de andarilho das cinco partidas do mundo para nos oferecer, em lampejos de génio, o retrato insuperável dos homens e das mulheres que, no anonimato, ajudaram, ajudam e ajudarão a construir o verdadeiro rosto da História.

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