"Restava-me o amparo dos livros" - José Jorge Letria

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Aposta Indecente - Matilda Wright

Estava com um pouquinho de medo de ler este livro. Pensei: "- Um romance erótico de certeza, e com pouca história." Mas lá consegui abrir o livro, só que li a primeira linha e voltei a pensar:  "- Pronto, tinha razão. "

Continuei a ler com poucas esperanças e apercebi-me que afinal a razão não estava, totalmente, do meu lado. Sim, é um romance, mas com um pouquinho de história e nada erótico.

Como já entenderam, dou sempre mais importancia às personagens do que ao restante, mas nem eu sei bem o porquê.
Existem várias personagens importantes para o desenrolar do enredo.

Primeiro Louis Villeclaire, um marquês da alta nobreza francesa, e frequentador assíduo de bordeis de luxo e de festas da alta sociedade parisiense e arredores. É um homem de mais ou menos 40 anos, e dos nobres mais ricos. É também o solteiro mais cobiçados pelas damas da corte mas têm uma grande aversão ao casamento.

Catherine é uma jovem viúva, linda de morrer mas que se encontra desgastada, triste e incompreendida, não por ter perdido o marido, mas por todos os anos que teve de viver com ele. Inicialmente parece uma mulher forte e decidida, mas quando vê que tudo o que deseja vai por água a baixo, perde essa personalidade. Considero que a autora deu pouca importância a esta personagem, o que me faz pensar nela como uma personagem secundária.

Blanche de Belfort e a Mãe, são as vilãs da trama, mulheres que fazem de tudo para juntar Louis e Blanche com o objectivo de saírem da pobreza em que se encontram. Estas personagens fizeram-me lembrar das novelas televisivas em que existe o tal triângulo amoroso.

Por último, a personagem que mais gostei e que coloquei como personagem principal, Isabelle, uma mulher inteligente e independente. Amiga e amante de Louis que o tenta ajudar a descobrir o que Blanche e a mãe querem dele. Se não fosse esta personagem, Catherine e Louis não poderiam resolver a situação deles, pois acomodaram-se ao que o futuro lhes queria dar.

Dou mais um pontinho a todos os livros de escritores estrangeiros que fazem referência a Portugal, este fez com uma personagem, embora eu ache que o nome dela não seja assim tão português, Rebeca Espinoza.
É um livro com pouca acção, pouco reflectivo, mas que me deixou entretida nas minhas viagens.

Em relação ao final não posso comentar, pois acabaria por o contar por inteiro. Termina de forma simples e óbvia mas um pouco duvidosa.

Sinopse:

 Paris, 1854. Um dos homens mais ricos de França, o marquês de Villeclaire tem uma vida luxuosa e despreocupada, onde não falta nada que o dinheiro e a sua posição social possam pagar. Mulheres, jogo, festas, caçadas, palácios... Mas uma aposta faz com que os destinos de Villeclaire e Catherine Duvernois, uma jovem e misteriosa viúva, se cruzem, numa altura em que uma nuvem negra tolda os dias do belo marquês, prestes a casar, contra sua vontade, com Blanche de Belfort. A vida de Louis de Villeclaire desmorona-se... Quem é Catherine Duvernois? E Blanche de Belfort? Alguém está a mentir. Mas quem? Porquê? A resposta mudará para sempre o futuro destas três personagens. Um romance arrebatador, que se desenrola entre os sofisticados salões da aristocracia parisiense e as deslumbrantes paisagens do vale do Loire, levando os leitores numa viagem inesquecível por cenários de sonho, durante o reinado do Imperador Napoleão III.

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