Demorei a ler este livro. Tão poucas páginas e mesmo assim... Isto deve-se à semana complicada, o que fez com que o meu tempo de viagens de autocarro fosse passado a dormir.
É um livro fácil de ler, mas não me cativou inicialmente. O vocabulário, não sei se por causa da escritora ou da tradução, misturava um pouco o "Sim senhor" com o "Tu". Tanto era muito formal como informal. O que não me agradou.
Fora isto, o livro é muito interessante, aborda o tema da Morte e as várias ideias que as pessoas têm dela, desde o nada para além da morte, passando pela "terra prometida" para onde a alma viaja, à reencarnação. Para além desta temática, é um livro cheio de fantasia, com personagem grandes e com características mágicas, a personagens totalmente humanas sem qualquer poder. Encontramos dragões, bruxas, feiticeiros que convivem e partilham o mesmo espaço com seres humanos, embora todos tenham um lugar distinto.
É uma obra com pouca acção, que começa com a tentativa de descodificar um Sonho de Amieiro, uma das personagens principais mas que perde um pouco a sua importância, só no final é que volta a ser a "Estrela".
Achei interessante o facto de que neste mundo surreal, existirem tantos pormenores da realidade: o Deus criador têm outro nome, as divergências religiosas e os preconceitos em relação ao sexo feminino.
É uma leitura agradável, dei por mim a pensar na morte com muito medo, sem me ter apercebido que esses pensamentos poderiam estar ligados ao livro de Ursula K.Le Guin.
Sinopse
Unanimemente considerada pelo público e pela crítica como uma das
referências máximas na área do fantástico e ficção científica, Ursula Le
Guin é uma lenda viva neste género. Multipremiada e consagrada mestre
na poderosa ficção que arquitecta, continua a ser hoje autora de
autênticos prodígios literários. Este livro completa a história que se
iniciou em Tehanu - O Nome da Estrela e faz diversas referências ao
livro A Praia Mais Longínqua, pelo que se aconselha os leitores a
conhecerem previamente estas duas edições. Amieiro é um feiticeiro humilde
com o poder de consertar coisas. Quando a sua mulher morre, fica
inconsolável e descontrolado. Dois meses depois começa a sonhar com a
terra dos mortos e que a sua mulher vem até ele, chamando-o para que ele
se liberte, atravessando as paredes que dividem o mundo dos vivos e dos
mortos. Uma alucinação incessante que persegue Amieiro na hora de dormir.
Até hoje continua a ser a leitura que mais em paz me deixou.
ResponderEliminarVim conhecer o teu blog, está muito giro.
ResponderEliminarE gostei muito da tua estante!
Boas Leituras..:)
http://paginassoltas-cc.blogspot.pt/
Muito obrigada pelos elogios ;) ja estive a ver o teu e gostei bastante ;) já estou a seguir ;)
ResponderEliminar