
Este livro conta-nos a história verídica de uma mulher paquistanesa mas cristã que foi condenada à morte por ter bebido água do mesmo poço que as muçulmanas, apesar de não ser apenas este o motivo que a leva a ter de cumprir esta pena.
A Blasfémia é o tema central deste livro. No momento em que Asia tenta defender a sua religião dizendo que Cristo dela fez mais do que Maomé pelo seus seguidores, é acusada de faltar ao respeito à religião predominante no Paquistão. É por esse motivo que ela é condenada à morte. Converter-se a muçulmana é a única forma de se salvar da morte, mas ela não quer, e enquanto isso espera desesperadamente que alguém a salve ou que o seu dia finalmente chegue. Coloquei-me no lugar dela e fiquei a pensar se não acabaria por me converter.
O papel da mulher é mais uma vez salientado neste livro, tal como a religião, a politica e a sociedade extremista. É um livro interessante e um pouco doloroso.
Sinopse:
Uma aldeia no centro do Paquistão,
perto de Lahore. A temperatura chega aos 40º C e as mulheres trabalham
nos campos. Entre elas está Asia Bibi.
Asia tem sede. Ela tira um balde do
fundo do poço, despeja um pouco de água numa velha xícara de metal e
bebe até ao fim. Enche de novo a xícara e oferece-a a outra mulher a seu
lado. É nesse momento que assina a sua sentença de morte.
Asia é cristã e
a chávena de metal pertence às suas colegas muçulmanas. Ao mergulhar de
novo a chávena no balde depois de ter bebido nela, Asia sujou a água.
Depressa se começou a falar de blasfémia. Asia é condenada, sentenciada à
morte. Por enforcamento. Tudo por um copo de água.
Há já dois anos que Asia está na prisão, à espera de ser executada.
Há já dois anos que Asia está na prisão, à espera de ser executada.
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