"Restava-me o amparo dos livros" - José Jorge Letria

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Perfume da Savana - Ludgero Santos

Mais uma leitura terminada com sucesso!
Embora tenha demorado um pouco mais que o habitual, não por ser livro mau, longe disso, mas por ter tido pouco tempo para o fazer, senti-me mais conhecedora da cultura africana e da nossa presença e importância num continente tão pouco desenvolvido. A leitura deste livro fez-me acreditar ainda mais, que apesar de todo o mal que muitos portugueses fizeram com aquele povo, se permanecêssemos  lá com o objectivo de dinamizar e criar melhores infraestruturas, neste momento as nossas ex-colónias estariam muito melhor.
Agora falando do escritor e do livro. Este livro, o seu primeiro e o livro A Mulher do Capitão,  foram um oferta do escritor, e agradeço-lhe por enriquecer a minha estante com livros tão interessantes.
Gostei da escrita descritiva dos lugares, do tempo e das personagem fantásticas que surgem na trama, o Daniel, um rapaz apaixonado pela linda e maravilhosa Isabel, uma rapariga um pouco mais velha casada com Afonso, um homem velho e poderoso. Para além destas personagem ainda destaco os pais de cada um, que só desejam a felicidade dos filhos, e ainda o Dibó e a Clarinha, amigos e confidentes do casal de apaixonados.
Adorei a localização no tempo, já que gosto de sair dos tempos modernos, onde o uso da mini-saia e dos calções já é vulgar, onde o papel da mulher é cada vez mais valorizado, onde os direitos dos homens são cada vez mais.
Saliento ainda que a importância da existência, ou não, de um destino é bastante frisada nesta obra.
O escritor levou-me para um tempo, embora estudado na escola, que eu não conhecia.

Aconselho esta experiência aos amantes de literatura portuguesa.

Sinopse:
Situado nos tempos em que África era uma colónia portuguesa, o presente romance espelha com intensidade os fascínios desta terra quente e inebriante e centra-se numa história de amor entre dois jovens que tudo ultrapassam para viver um amor proibido.
Ao mesmo tempo que este livro se constitui como retrato de uma época, evidenciando os seus traços culturais e, em particular, a forma como mulher é socialmente vista, ele conduz o leitor aos meandros da natureza humana e à filigrana dos sentimentos que dão cor à memória e tornam a vida uma intensa e enigmática aventura.

Neste momento estou a ler as Horas Nuas de Lygia Faguntes Telles, assim nas primeiras páginas considero um ensaio sobre a velhice, a solidão.

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