"Restava-me o amparo dos livros" - José Jorge Letria

terça-feira, 15 de novembro de 2011

As Horas Nuas - Lygia Faguntes Telles (Opinião)

Hoje trago más noticias...

Nem sempre gostamos das nossas leituras, e infelizmente esta última não foi de todo a minha preferida. Pelo que pesquisei, a escritora é bastante elogiada no Brasil e já ganhou o prémio Camões. Não digo que não o mereça, mas este tipo de escrita não me agradou. Para além de a editora ter apostado em deixar o livro em brasileiro, o que me fez alguma confusão, a forma como ela escreve é demasiado complexa e com uma pontuação um pouco estranha, como por exemplo, depois de um ponto de exclamação (que são vários) as palavras surgem com letras minúsculas. Acho que me atrapalhei um pouco na leitura e acabei por não conseguir terminar este livro, que apesar de ter personagem interessantes e mais uma vez super complexas com problemas também eles demasiado complexos, que faziam a minha cabeça andar a 300 à hora, desde a personagem principal, uma actriz perdida no álcool e que não aceita a velhice e tudo o que ela lhe levou/trouxe, a Ananta, a psicóloga que parece ter mais problemas que os seus pacientes, e o próprio gato que carrega consigo uma alma de outras vidas (reencarnação), o que faz dele uma personagem  ainda mais complicada.
Tenho a referir que existe um conflito entre o presente e o futuro que me baralhou imenso, não sabendo por vezes onde é que me encontrava em certas frases.

Acaba por haver 3 narradores, a personagem principal, Rosa Ambrósio, o Gato, e um narrador não participante, pelo menos até à parte onde consegui ler.

Esta é a minha humilde opinião. Se quiserem saber mais: AQUI

Sinopse:

Lygia Fagundes Telles foi a grande vencedora do Prémio Camões, edição 2005, agraciada pelo contributo que impulsionou à cultura portuguesa. Aos 82 anos e ao longo de uma carreira marcada pela atribuição de inúmeros galardões, Lygia afirma: "Eu escrevo sobre a condição humana. A loucura, o amor, a morte". O romance As Horas Nuas, que agora é publicado com a chancela da Editorial Presença reúne esses elementos num enredo perturbador. Publicado originalmente em 1989, é um dos mais marcantes romances da autora. As personagens centrais são Rosa Ambrósio, uma excêntrica e decadente actriz que luta contra a dor das suas memórias, no meio do álcool e a solidão, e Rahul, um gato que um dia foi um jovem poeta do Império Romano, um atleta, corredor olímpico em algum tempo que ele não consegue detectar. Os sonhos e os pensamentos de Rosa misturam-se com os do gato, na voz da fiel empregada Dionísia. Lygia aborda temáticas como a frivolidade colectiva, loucura, abandono, solidão, desencontro, dor, mas também felicidade, crescimento e evolução. Uma obra em que as matizes da condição humana são descritas com uma profundidade subtil e magistralmente encantatória, sob a pena de uma mestre da palavra.

Hoje começo a ler: O Tigre Branco  - Aravind Adiga





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